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Uma Homenagem sem palavras






Oficina de uso e costumes dos povos Áfricanos

Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. João Santa Cruz de Oliveira
História da cultura Afro-brasileira e indígena
João Pessoa, Maio de 2010
Uso e costumes da África


Para podermos fazer um estudo sobre uso e costumes da África é preciso passarmos a conhecer melhor este continente, assim poderemos fazer um estudo sistematizado de cada um dos cinqüenta e três países do continente, onde deveremos passar a conhecer como foi formada a cultura de cada região, o estilo de musica, religião, sociedade, moda, segue-se abaixo um pequeno resumo sobre o vasto continente Áfricano.
A África é um dos continentes mais pobres do mundo.
Há 53 Países.
População:783.7000.000 (2000)
Religião principal:Muçulmanos (310,5 milhões )e católicos romanos.(117,2milhões)

A maior parte da população africana é constituída por diferentes povos negros, teoria que implica manifestações de preconceito racial em outros continentes como América e Europa, por exemplo, mas há expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentrional do continente, ao norte do Deserto do Saara - por isso mesmo denominada África Branca. São principalmente árabes, egípcios e bérberes, entre os quais se incluem os etíopes e os tuaregues; aparecem ainda, embora em menor quantidade, judeus e descendentes de europeus. Estes últimos estão presentes também, na África do Sul e são em sua maioria originários das Ilhas Britânicas e dos Países Baixos.

Ao sul do Saara temos a chamada África Negra, povoada por grande variedade de grupos negróides que se diferenciam entre si principalmente pelo aspecto físico, mas também por diferenças culturais, como as religiões que professam e a grande diversidade de línguas que falam. Os grupos mais importantes são:

* sudaneses: em sua maior parte habitam as savanas que se estendem do Atlântico ao vale superior do rio Nilo. Vivem basicamente da agricultura; antes da chegada dos europeus, haviam alcançado um alto estágio de civilização. Eram em sua maioria sudaneses os negros que vieram para o Brasil como escravos;
* bantos: são numericamente superiores aos demais grupos. Habitam a metade sul do continente e têm como atividades principais a criação de gado e a caça. Constituíram o segundo maior contingente de africanos trazidos para o Brasil;
* nilóticos: são encontrados na região do Alto Nilo e caracterizam-se pela estatura elevada;
* pigmeus: de pequena estatura, vivem principalmente na selva do Congo e em seus arredores, onde baseiam sua subsistência na caça e na coleta de raízes;
* bosquímanos e hotentotes: habitam a região do Deserto de Calaari, sendo atualmente pouco numerosos; distinguem-se como grandes caçadores de antílopes e avestruzes.

Além dos negros e dos brancos, encontramos na África os malgaxes, povo de origem malaia que habitou a ilha de Madagáscar, os indianos trazidos pelos colonizadores ingleses para a África Oriental, além de um pequeno número de imigrantes chineses.
Em correspondência com os diferentes ramos étnico-culturais, encontram-se na África três religiões principais: o islamismo, que se manifesta sobretudo na África Branca, mas é também professado por numerosos povos negros; o cristianismo, religião levada por missionários e professada em pontos esparsos do continente; e o animismo, seguido em toda a África Negra. Esta última corrente religiosa, na verdade, abrange grande número de seitas politeístas, que possuem em comum a crença na força e na influência dos elementos da natureza sobre o destino dos homens.

Da mesma forma, existem inúmeras línguas no continente: várias línguas de origem africana e os idiomas introduzidos pelos colonizadores, utilizados até hoje. Os principais são: árabe, inglês, francês, português, espanhol e africâner, língua oriunda do neerlandês, falada pelos descendentes de neerlandeses, alemães e franceses da África do Sul e da Namíbia.
A cultura da África reflete a sua antiga história e é tão diversificada como foi o seu ambiente natural ao longo dos milénios.

África é o território terrestre habitado há mais tempo, e supõe-se que foi neste continente que a espécie humana surgiu; os mais antigos fósseis de hominídeos encontrados na África (Tanzânia e Quênia) têm cerca de cinco milhões de anos. O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos (por exemplo, Axum, o Grande Zimbabwe). Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas.

O continente africano cobre uma área de cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, um quinto da área terrestre da Terra, e possui mais de 50 países. Suas características geográficas são diversas e variam de tropical úmido ou floresta tropical, com chuvas de 250 a 380 centímetros a desertos. O monte Kilimanjaro (5895 metros de altitude) permanece coberto de neve durante todo o ano enquanto o Saara é o maior e mais quente deserto da Terra. A África possui uma vegetação diversa, variando de savana, arbustos de deserto e uma variedade de vegetação crescente nas montanhas bem como nas florestas tropicais e tropófilas.

Como a natureza, os atuais 800 milhões de habitantes da África evoluíram um ambiente cultural cheio de contrastes e que possui várias dimensões. As pessoas através do continente possuem diferenças marcantes sob qualquer comparação: falam um vasto número de diferentes línguas, praticam diferentes religiões, vivem em uma variedade de tipos de habitações e se envolvem em um amplo leque de atividades econômica.
A África é o lar de inumeráveis tribos, grupos étnicos e sociais, algumas representam populações

Na Nigéria existe tribos que fazem festas(Ritual)quando uma pessoa morre.Não há tristeza mais alegria.Os dançarinos,que dançarem mais animados ganham dinheiro como prêmio. Colocam o dinheiro na testa.É tradição.
Xangô é um dos orixás mais cultuados na Nigéria.
As meninas são vaidosas e tem o rosto marcados.
No norte da Nigéria,foi descoberto uma tribo há mais de quinze anos"Koma " as mulheres ainda usam folhas como vestidos usam como bolsas bichos.
Existe a Circuncisão feminina,ou mutilação genital feminina.
2/3 da população estão infectados pelo HIV.
Obs.Ainda se apedrejam mulheres até a morte simplesmente porque ela pregava o Evangelho cristão,por mulçumanos radicais.
A pena de morte ainda existem em
Uganda,Nigéria,Etiópia,Somália e outros países africanos.
Fonte:
e outros sites

Robótica Uma realidade incrivel





Robótica Pedagógica


É um ambiente de aprendizagem onde o aluno interage com o concreto e com o abstrato para a resolução de problemas propostos.
Une-se o trabalho concreto com os kits de montagem: peças, motores, sensores que são utilizados para a construção de objetos e o trabalho abstrato quando o aluno utilizando o programa irá programar o seu objeto para que este obedeça a seus comandos e cumpra a tarefa proposta.
Integra todas as extensões do homem, a motora, a sensorial e a perceptiva.
Aumenta o interesse e a criatividade dos alunos, integrando diversas disciplinas. O aluno vivencia na prática as teorias aprendidas em sala de aula através da construção de maquetes e robôs controlados por computador. O aluno sai da carteira para virar um observador, inventor e transformar as páginas de um livro em máquinas capazes de interagir com o meio ambiente. Ele passa a aprender através de seus próprios erros e acertos, investigando, explorando, planejando e dando forma, ao que se passa em sua mente. Trata-se de uma atividade lúdica e desafiadora, que une aprendizado e prazer.
Valoriza o trabalho em grupo, a cooperação, melhora a postura diante de problemas e hipóteses, promove o diálogo e o respeito, a diferentes opiniões.
A robótica pedagógica envolve um processo de motivação, colaboração, construção, desconstrução e reconstrução.
O trabalho com projeto viabiliza o aprendizado de como fazer uma pesquisa científica, de como estudar com autonomia. As informações hoje já estão dadas, o que precisamos é saber como selecioná-las e conectá-las.
Trabalhar com projetos poderá formar indivíduos independentes e autônomos em prol de uma sociedade mais livre, e com perspectivas de um novo modo de produção, e novas relações de propriedade.
Nessa perspectiva, o conteúdo não vem ao acaso, o importante é o desenvolvimento de habilidades de pesquisa, e durante o próprio trabalho incorporam-se conceitos necessários para compreender o tema estudado.
Mais uma vez a Escola João Santa Cruz de Oliveira sai na frente introduzindo a este projeto o desafil de criar um campo de futebol onde os jogadores serão pequenos robos programados pela equipe da Professora Cleoneide de Matemática, Ednaldo (munitor de Informática) e outros.
Escola Municipal de Ensino fundamental Dr. João Santa cruz de Oliveira
História da cultura Afro-brasileira e indígena
Professor: Ednaldo Paiva de Araújo Filho
O Brasil antes do descobrimento
Índios brasileiros

Referencia: Da Página 3 - Pedagogia & Comunicação

Ao chegarem ao Brasil, os portugueses encontraram um território povoado. Seus habitantes, porém, desconheciam a escrita e não deixaram documentos sobre o próprio passado. O conhecimento que temos sobre os índios brasileiros do século 16 baseia-se principalmente em relatos e descrições dos viajantes europeus que aqui estiveram, na época. Particularmente, os livros do alemão Hans Staden e do francês Jean de Lery, que conviveram com os índios por volta de 1550.

Os dois apresentam detalhadamente o modo de vida indígena, relacionando aspectos que vão dos mais triviais, como as vestes e adornos, aos mais complexos, como as crenças religiosas. Sobre as épocas anteriores à chegada dos portugueses, os estudos históricos contam com a contribuição da antropologia e da arqueologia, que permitiram traçar um panorama abrangente, apesar da existência de lacunas.

O povoamento da América do Sul teve início por volta de 20.000 a.C., segundo a maioria dos pesquisadores. Existem indícios de seres humanos no Brasil datados de 16.000 a.C., de 14.200 a.C. e de 12.770 a.C., encontrados nas escavações arqueológicas de Lagoa Santa (MG), Rio Claro (SP) e Ibicuí (RS). A dispersão da espécie por todo o território nacional aconteceu em cerca de 9000 a.C., quando o número de homens aumentou muito.



Quadro de Albert Eckhout (Séc. 17) tematiza dança indígena

Tupis e guaranis
Ao longo desse processo, teria ocorrido a diferenciação lingüística e social que deu origem aos troncos indígenas Macro-Jê e Macro-Tupi. Deste último, entre os séculos 8 e 9, originaram-se as nações Tupi e Guarani. São as que mais se destacam nos últimos 500 anos da História do Brasil, justamente porque tiveram um contato mais próximo com o homem branco.

Na chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, estima-se que os índios brasileiros fossem entre um e cinco milhões. Os tupis ocupavam a região costeira que se estende do Ceará a Cananéia (SP). Os guaranis espalhavam-se pelo litoral Sul do país e a zona do interior, na bacia dos rios Paraná e Paraguai. Em outras regiões, encontravam-se outras tribos, genericamente chamados de tapuias, palavra tupi que designa os índios que falam outra língua.

Apesar da divisão geográfica, as sociedades tupis e guaranis eram bastante semelhantes entre si, nos aspectos lingüísticos e culturais. Os grupos se formavam e se mantinham unidos principalmente pelos laços de parentesco, que também articulavam o relacionamento desses mesmos grupos entre si. Agrupamentos menores, as aldeias ligavam-se através do parentesco com unidades maiores, as tribos.
Modo de vida dos índios
Os índios sobreviviam da caça, da pesca, do extrativismo e da agricultura. Nem esta última, porém, servia para ligá-los permanentemente a um único território. Fixavam-se nos vales de rios navegáveis, onde existissem terras férteis. Permaneciam num lugar por cerca de quatro anos. Depois de esgotados os recursos naturais do local, migravam para outra região, num regime semi-sedentário.

Suas tabas (aldeias) abrigavam entre 600 e 700 habitantes. Levando em conta as possibilidades de abastecimento e as condições de segurança da área, um conselho de chefes determinava o local onde eram erguidas. As aldeias eram formadas por ocas (cabanas), habitações coletivas que apresentavam formas e dimensões variadas. Em geral, as ocas eram retangulares, com o comprimento variando entre 40 m e 160 m e a largura entre 10 m e 16 m. Abrigavam entre 85 e 140 moradores. Suas paredes eram de madeira trançada com cipó e recobertas com sapé desde a cobertura.

As várias aldeias se ligavam entre si através de trilhas, que uniam também o litoral ao interior. Algumas eram muito extensas como a do Peabiru, que unia a região da atual Assunção, no Paraguai, com o planalto de Piratininga, onde se situa a cidade de São Paulo. Descobrimentos arqueológicos confirmam contatos entre os tupis-guaranis e os incas do Peru: objetos de cobre dos Andes foram desenterrados em escavações, no Rio Grande do Sul e no Estado de São Paulo.
Alimentação: mandioca, peixe e mariscos
A alimentação dos índios do Brasil se compunha basicamente de farinha de mandioca, peixe, mariscos e carne. Conheciam-se os temperos e a fermentação de bebidas alcoólicas. Com as fibras nativas dos campos e florestas, fabricavam-se cordas, cestos, peneiras, esteiras, redes, abanos de fogo; moldavam-se em barro diversos tipos de potes, vasos e urnas funerárias, pois enterravam seus mortos.

Na taba, vigorava a divisão sexual do trabalho. Aos homens cabiam as tarefas de esforço intenso, como o preparo da terra para o cultivo, a construção das ocas e a caça. Além destas, havia a atividade que consideravam mais gloriosa - a guerra. As mulheres, além do trabalho natural de dar a luz e cuidar das crianças, semeavam, colhiam, modelavam, teciam, faziam bebidas e cozinhavam.

Os casamentos serviam para estabelecer alianças entre aldeias e reforçar os laços de parentesco. A importância da família se contava pelo número de seus homens. As grandes famílias tinham um líder e as aldeias tinham um chefe, o morubixaba. Em torno dele, reunia-se um conselho da taba, formado pelos líderes e o pajé ou xamã, que desempenhava um papel mágico e religioso. As crenças religiosas dos índios possuíam papel ativo na vida da tribo. Praticavam-se diversos rituais mágico-sagrados, relacionados ao plantio, à caça, à guerra, ao casamento, ao luto e à antropofagia.
Antropofagia (canibalismo) e vida após a morte
Basicamente, os tupi-guaranis acreditavam em duas entidades supremas - Monan e Maíra - identificados com a origem do universo. Ao lado das divindades criadoras, figurava também uma entidade - Tupã - associada à destruição do mundo, que os índios consideravam inevitável no futuro, além de ter ocorrido em passado remoto. Acreditavam também na vida após a morte, quando o espírito do morto iniciava uma viagem para o Guajupiá, um paraíso onde se encontraria com seus ancestrais e viveria eternamente. A prática da antropofagia talvez estivesse especialmente ligada a essa viagem sobrenatural, sendo uma espécie de ritual preparatório para ela, segundo alguns estudiosos.

Para outros, o ritual antropofágico servia para reverenciar os espíritos dos antepassados e vingar os membros da aldeia mortos em combate. Após as batalhas contra tribos inimigas, a antropofagia tinha caráter apoteótico, mobilizando todos os membros da aldeia numa sucessão de danças e encenações que terminavam com a matança de prisioneiros e o devoramento de seus corpos.



Ritual antropofágico em gravura do século 16


Na organização política de uma aldeia, destacava-se a figura do chefe, o morubixaba, mas este só exercia efetivamente o poder em tempos de guerra. Ainda assim não podia impor a sua vontade, devendo convencer um conselho da aldeia, por meio de discursos. A guerra era uma atividade epidêmica. Acontecia por razões materiais, como conquistar terras privilegiadas; morais e sentimentais, como a vingança da morte de parentes ou amigos por grupos adversários; ou ainda religiosas, vinculadas à antropofagia.
Povos guerreiros
O caráter beligerante das sociedades indígenas brasileiras desmentem a versão da história segundo a qual os índios se limitaram a assistir à ocupação da terra pelos europeus, sofrendo os efeitos da colonização passivamente. Ao contrário, nos limites das suas possibilidades resistiram à ocupação territorial, lutando bravamente por sua segurança e liberdade. Entretanto, o contato inicial entre índios e brancos não chegou a ser predominantemente conflituoso. Como os europeus estivessem em pequeno número, podiam ser incorporados à vida social do índio, sem afetar a unidade e a autonomia das sociedades tribais.

Isso favoreceu o intercâmbio comercial pacífico, as trocas de produtos entre os brancos e os índios, principalmente enquanto os interesses dos europeus se limitaram ao extrativismo do pau-brasil. Em geral, nas três primeiras décadas de colonização, os brancos se incorporavam às aldeias, totalmente sujeitos à vontade dos nativos. Mesmo em suas feitorias, os europeus dependiam de articular alianças com os indígenas, para garantir a alimentação e segurança.

Posteriormente, quando o processo de colonização promoveu a substituição do extrativismo pela agricultura como principal atividade econômica, o padrão de convivência entre os dois grupos raciais sofreu uma profunda alteração: o índio passou a ser encarado pelo branco como um obstáculo à posse da terra e uma fonte de mão-de-obra barata. A necessidade de terras e de trabalhadores para a lavoura levaram os portugueses a promover a expulsão dos índios de seu território, assim como a sua escravização. Assim, a nova sociedade que se erguia no Brasil impunha ao índio uma posição subordinada e dependente.
Confederação dos tamoios
Contra essa ordem, a reação indígena assumiu muitas vezes caráter violento, como a guerra dos Tamoios, que se estendeu por três anos, a partir de 1560. Incentivados por invasores franceses estabelecidos na Baía da Guanabara, vários grupos desses índios uniram-se numa confederação para enfrentar os portugueses, ao longo do litoral entre os atuais estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A atuação dos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta resultou num acordo de paz, realizado em Iperoígue, uma aldeia situada onde hoje se localizam os municípios paulistas de São Sebastião e Ubatuba.

Outra possibilidade de reação indígena ao avanço português era a submissão, assumida sob a condição de "aliados" ou escravos. Essa forma de convivência "pacífica" foi obtida particularmente graças ao trabalho dos padres missionários que, promovendo a cristianização dos índios, combatiam sua cultura e tradições religiosas, além de redistribuí-los territorialmente, em geral de acordo com os interesses dos colonizadores.
Índios sobreviventes
Finalmente, para preservar a unidade e a integridade de seu modo de vida, os índios optaram também pela migração para as áreas interioranas, cujo acesso difícil tornava o contato com o branco improvável ou impossibilitava a este exercer seu domínio. Essa alternativa, porém, teve um preço alto para as tribos indígenas, forçando-as a adaptar-se a regiões mais pobres ou inóspitas.

Ainda assim, em relação ao enfrentamento ou à submissão, o isolamento foi o que permitiu parcialmente aos índios preservarem sua herança biológica, social e cultural. Dos cinco milhões de índios da época do descobrimento, existem atualmente cerca de 460 mil, segundo a Funai - Fundação Nacional do Índio.

Oficina de tele-jornal







O Tele Jornal é um mine projeto do Projeto Cultura Afro-Brasileira: Brasil, Copa - África 2010.


Que tem como objetivo levar o aluno a criar um jornal eletrônico, através de uma experiência vivenciada durante o período de primeiro de maio a dezoito de junho de 2010, onde irão criar o blog para as postagens das noticias e acontecimentos durante a execução do projeto, com a edição de reportagem, fotografias, entrevistas e a criação de vídeos das oficinas do projeto.
A Integração esta presente em todos os momentos onde só há uma realidade à educação com responsabilidade e respeito às diferenças com a missão, de torna todos cidadãos conscientes do seu papel fundamental diante da sociedade em que estamos inseridos.


Ednaldo Paiva

Oficina de tele jornal

Oficina de tele Jornal - Laboratório de Informática da Escola João Santa cruz junho de 2010-06-13 Professor Ednaldo Paiva de Araújo Filho

Todo jornalista tem que ser um criativo


Escrito por Laércio Guidio - Jornalista, com extensão universitária em Fundamentos.

É verdade que não existe uma forma fixa para se criar um texto, ele nasce estruturado no repertório e criatividade do seu autor, seja qual for seu estilo. Mas também é verdade que os textos jornalísticos estão cada vez mais enfadonhos, lembram boletins policiais.

Certa vez em uma palestra de comunicação, o palestrante citou um exemplo de criatividade, dizia ele que todo mundo que vai para Paris tira uma foto da torre Eiffel, muitos se contorcem para tentar captar na imagem o máximo possível da torre, por isso todas as fotos são tão iguais. Mas o fotógrafo com criatividade se preocupa com o detalhe, ele fotografa um único parafuso do monumento e desperta mais curiosidade das pessoas do que se o tivesse fotografado por inteiro.

É exatamente isso que falta nos textos jornalísticos, os repórteres chegam ao local do fato com seus textos praticamente prontos, podem acontecer vários fatos pitorescos que fujam da pauta que não vai importar absolutamente nada para o repórter preguiçoso, seu texto será da forma quadrada e chata de sempre.

Diria eu que jornalismo é igual fazer sexo, precisa de preliminar, de posições diferentes, de várias formas de abordar o mesmo assunto, de criatividade, malícia e bom humor.

Tem que fugir das “meras atas” que vemos todos os dias nos jornais. Jornalismo é um ofício artesanal, o artesão tem que manejar as palavras, descrever situações que somente são possíveis constatar no local do fato, às vezes mudar completamente o foco sem deixar a cerne do assunto de lado.

Fazer um simples fato virar uma grande notícia é uma arte.

Jornalismo assim como o sexo tem que ser: responsável, criativo, sedutor e dar prazer. Caso contrário fica a mesmice enjoativa de sempre; muitas vezes é o jornalista que faz o leitor cometer o adultério.
Quando você for fazer uma entrevista procure criar logo as perguntas e esteja sempre preocupado com os detalhes, fazer as anotações e fotografar tudo que seja curioso.

O projeto

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL DR. JOÃO SANTA CRUZ DE OLIVEIRA
AV. SANTOS STANISLAU, 460 – BAIRRO DOS NOVAIS, JOÃO PESSOA. FONE: 32339926

PROJETO CULTURA AFRO-BRASILEIRA: BRASIL, COPA - ÁFRICA 2010

JUDITE TRAVASSOS SARINHO
EDNALDO PAIVA DE ARAÚJO

João Pessoa – 2010
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL DR. JOÃO SANTA CRUZ DE OLIVEIRA
AV. SANTOS STANISLAU, 460 – BAIRRO DOS NOVAIS, JOÃO PESSOA. FONE: 32339926
Direção geral: Gilberto Cruz de Araújo
Adjuntos: Maria de Lurdes F. Oliveira
Bernadete de Jesus A. Cavalcante
Goretti Quirino Soares
Supervisores: Manoel de Souza Ramos
Fábia de Souza S. Costa
Maria de Fátima Amaral

PROJETO CULTURA AFRO-BRASILEIRA: BRASIL, COPA - ÁFRICA 2010

Projeto interdisciplinar sobre a cultura Afro-brasileira,
que será ministrado pelos professores, direção,
supervisão ,secretária, e pessoal de apoio.

João Pessoa, 2010
1. Apresentação
O presente projeto intitulado Cultura Afro-Brasileira: Brasil, Copa - África 2010 tem a finalidade de relacionar e conhecer a cultura do povo africano e sua miscigenação com a cultura brasileira, seus valores, costumes e crenças incutidos em nossa sociedade.
A Escola João Santa Cruz de Oliveira irá abordar este tema durante o mês de Maio, utilizando diversos recursos e técnicas para sua aplicabilidade envolvendo toda comunidade escolar, como os professores das diversas disciplinas, direção pessoal de apoio para assim fazer um trabalho transversal e interdisciplinar.

2. Justificativa
A utilização de incentivos adequados e inovadores pela escola contribuem indiscutivelmente, para o desenvolvimento harmonioso e eficaz dos seus alunos.
Portanto a idéia central do projeto é levar o aluno a descobrir o prazer e a consciência da história de uma cultura de um povo, com enfoque especial para a cultura afro-brasileira, e assim fazer com que os alunos usufruam das diversas atividades como: dança, dramatização, pesquisas, leituras, música, debates, palestras e etc. Conduzindo-os para uma participação ativa e realizadora.
Desta forma estaremos valorizando o conhecimento, a sociabilidade e a criatividade, instrumentos fundamentais para o cidadão contemporâneo.
2.1. Relevância acadêmica
Contribuir com um material teórico e prático baseado na importância da cultura africana para com a brasileira, mostrando essa importância ao alunado utilizando também a influência do futebol em nossa sociedade.
2.2. Relevância social
Mostrar não apenas ao alunado e sim envolver toda a comunidade escolar para fazer parte dessa associação da cultura africana e brasileira, promovendo um desenvolvimento e uma progressão desta comunidade para se tornarem pessoas de referência na sociedade proporcionando também o seu crescimento e melhoria.
2.3. Interesse pessoal
Adquirir uma bagagem teórica do tema abordado, aumentando nossos conhecimentos de desenvolvimento do projeto de pesquisa e, contribuir para a solução da dificuldade encontrada na comunidade escolar.
2.4. Viabilidade do projeto
As condições são favoráveis, pois se tem o material teórico, a liberdade para a coleta de informações e também, conta-se com a orientação de professores da instituição das disciplinas de história, artes, literatura, português. Envolvendo professores das diversas áreas, tornando um trabalho interdisciplinar.
3. Hipóteses
- O Brasil é um dos países que mais possui população negra em todo o mundo. Isso, devido aos mais de quatro milhões de homens, mulheres e crianças que foram trazidas para cá com o comércio de escravos nos meados do ano 1500. Mostraremos essa importância de forma dinâmica aos alunos.
- A arte afro – brasileira é baseada em suas crenças, histórias, lendas e na filosofia africana, e é feita basicamente com elementos da natureza. Traremos afro-brasileiros que ainda mantém a cultura africana em suas vidas.
- O(a) professor(a) ao trabalhar com a temática cultura afro-brasileira deve atentar para não reproduzir a idéia de inferioridade da África, dos africanos e dos negros brasileiros.

4. Objetivos
4.1. Objetivo Geral
Democratizar o acesso a cultura africana e sua contribuição a cultura brasileira.
4.2. Objetivos Específicos;
 Identificar e preservar os aspectos da cultura Afro-Brasileira;
 Conhecer os usos e costumes da cultura afro-brasileira;
 Valorizar a nossa cultura local;
 Promover a interdisciplinaridade;
 Levar a comunidade escolar a conhecer e valorizar a cultura afro-brasileira;
 Desenvolver a imaginação e a criatividade do alunado;
 Identificar, nos diversos grupos e manifestações artístico-culturais existentes, uma efetiva articulação de ações visando a identidade cultural dessa comunidade;
 Intercambiar ações sócio-educativas, visando a dialética entre os saberes populares e acadêmicos;
 Realizar debates, encontros, mostras, espetáculos, visando difundir os valores culturais da comunidade assistida pelo projeto;

5. Revisão Bibliográfica
5.1. História
A história das sociedades africanas foi, durante muito tempo, deixada de lado, em grande medida devido às idéias preconcebidas sobre o continente africano produzidas nos séculos XVIII e XIX. Como as sociedades africanas não apresentavam as mesmas instituições políticas, não possuíam padrões de comportamento e visões de mundo semelhantes aos europeus, a conclusão só podia ser uma: a de uma sociedade não civilizada e sem História.
O continente africano limita-se ao Norte pelo Mar Mediterrâneo, ao Oeste pelo Oceano Atlântico e ao Leste pelo Oceano Índico. De uma maneira simplificada podemos dividi-lo em duas zonas absolutamente distintas: o centro-norte é dominado pelo imenso deserto do Saara (8.600.000 de km2), enquanto que o centro-sul, depois de percorrer as savanas, é ocupado pela floresta tropical africana.
Esta separação geográfica também refletiu numa separação racial. No Norte do continente habitam os árabes, os egípcios, os berberes e os tuaregues. No centro-sul, ao contrário, habitam mais de 800 etnias negras africanas. Atribui-se ao atraso da África meridional ao isolamento geográfico que a população negra encontrou-se através dos séculos. Afastada do Mediterrâneo - grande centro cultural da Antigüidade - pelo deserto do Saara, e longe dos demais continentes pela dimensão colossal dos dois oceanos, o Atlântico e o Índico. Apartados do resto do mundo, os africanos se viram vítimas de expedições que lhes devoravam os filhos ao longo da história.
Mesmo antes da chegada dos traficantes de escravos europeus, os árabes já praticavam o comércio negreiro, transportando escravos para a Arábia e para os mercados do Mediterrâneo oriental, para satisfazer as exigências dos sultões e dos xeiques. As guerras tribais africanas, por sua vez, favoreciam esse tipo de comércio, visto que a tribo derrotada era vendida aos mercadores.
5.1.1. O tráfico de escravos
Durante os primeiros quatro séculos - do século 15 a metade do 19 - de contato dos navegantes europeus com o Continente Negro, a África foi vista apenas como uma grande reserva de mão-de-obra escrava, a “madeira de ébano” a ser extraída e exportada pelos comerciantes. Traficantes de quase todas as nacionalidades montaram feitorias nas costas da África. As simples incursões piratas, que visavam inicialmente atacar de surpresa do litoral e apresar o maior número possível de gente, foram dando lugar a um processo mais elaborado.
Os mercadores europeus, com o crescer da procura por mão-de-obra escrava, motivada pela instalação de colônias agrícolas na América, associaram-se militarmente e financeiramente com sobras e régulos africanos, que viviam nas costas marítimas, dando-lhes armas, pólvora e cavalos para que afirmassem sua autoridade numa extensão a maior possível. Os prisioneiros das guerras tribais eram encarcerados em “barracões”, em armazéns costeiros, onde ficavam a espera da chegada dos navios tumbeiros ou negreiros que os levariam como carga humana pelas rotas transatlânticas.
Os principais pontos de abastecimento de escravos, pelos menos entre os séculos 17 e 18 eram o Senegal, Gâmbia a Costa do Ouro e a Costa dos Escravos. O delta do Níger, o Congo e Angola serão grandes exportadores nos séculos 18 e 19. Sendo que o apogeu do tráfico ocorreu entre 1750 a 1820, quando os traficantes carregaram em média uns 60 mil por ano. O tráfico foi o principal responsável pelo vazio demográfico que acometeu a África no século 19.
5.1.2. O comércio triangular
Desta forma inseriram a África Negra no comércio triangular basicamente como fornecedora de mão-de-obra escrava para as colônias americanas e antilhanas. O destino dos barcos negreiros eram os portos da Jamaica, Bahamas, Haiti, Saint- Eustatius, Saba, Saint-Martin, Barbuda e Antigua, Guadalupe, Granada, Trinidad & Tobago, Bonaire, Curaçao e Aruba. Das Antilhas partiam outras levas em direção às Carolinas e à Virgínia nos Estados Unidos. Outras se dirigiam ao Norte e Nordeste do Brasil, à Bahia e ao Rio de Janeiro. Os escravos eram empregados como “carvão humano” nas grandes plantações de açúcar e tabaco que se espalhavam do Leste brasileiro até as colônias do Sul dos Estados Unidos: do Rio de Janeiro até a Virgínia.
Enquanto a Europa importava produtos coloniais, trocava suas manufaturas (armas, pólvora, tecidos, ferros e rum) por mão-de-obra vinda da África. Os escravos eram a moeda com que os europeus pagavam os produtos vindos da América e das Antilhas para não precisar despender os metais preciosos, fundamento de toda a política mercantilista. Tinham sob ponto de vista econômico uma dupla função: valor de troca (dinheiro) e valor de uso (força de trabalho).

5.1.3. A luta pela abolição da escravatura
Um dos capítulos mais apaixonantes, polêmicos e gloriosos, da história moderna foi o que conduziu à abolição do trafico negreiro e a total supressão da escravidão no transcorrer do século 19. A primeira reação contra a escravidão ocorreu no século 18, partindo de uma seita protestante radical, os Quakers. Enviaram, em 1768, ao parlamento de Londres uma solicitação pedindo o fim do tráfico de escravos. Pouco depois, John Wesley, o fundador do movimento metodista, pregou contra a escravidão afirmando que preferia ver a Índias Ocidentais (como eram denominadas as colônias antilhanas inglesas) naufragarem do que manter um sistema que “violava a justiça, a misericórdia, a verdade”.
Economistas ilustrados também entraram na luta, afirmaram que a escravidão era deficitária na medida em que empregava uma enorme quantidade de capital humano que produzia muito aquém daquele gerado por homens livres. Viam-na como parte de um sistema de monopólio e privilégio especial, onde um homem desprovido de liberdade não tinha nenhuma oportunidade de garantir a propriedade do que quer que fosse e que seu interesse em trabalhar era o mínimo possível. Nas colônias americanas, Benjamin Franklin foi o primeiro homem moderno a submeter à instituição da escravidão a uma analise contábil, concluindo também que um escravo era muito mais caro do que um trabalhador livre.
A Revolução Francesa de 1789 aboliu com a escravidão nas colônias francesas por acreditá-la incompatível com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Napoleão, porém, mais tarde, restaurou-a. Mas em 1848 ela foi finalmente reafirmada.
Na Inglaterra o abolicionismo encontrou respaldo num grupo militante chamado de “Os Santos” que organizaram, em 1787, sob liderança de William Wilberforce, a Sociedade anti-escravista. Graças as suas batalhas parlamentares contra os interesses escravistas das cidades portuárias de Liverpool e Bristol, Wilberforce conseguiu fazer aprovar a lei de 1807 que proibia o tráfico negreiro.
Depois de uma série de leis intermediárias, a abolição completa da escravidão nas colônias inglesas ocorreu em agosto de 1834 que libertou 776 mil homens, mulheres e crianças. Nesse ínterim a Inglaterra havia declarado guerra aberta ao tráfico. Nenhum barco negreiro poderia mais singrar os oceanos sem ser vistoriado. Se fosse capturado os escravos deveriam ser devolvidos. Por pressão inglesa, o Brasil finalmente concordou em abolir o tráfico pela Lei Eusébio de Queirós, em 1850. Mesmo assim continuou recebendo, em desembarques clandestinos, braços contrabandeados, o que gerou sérios atritos com a marinha inglesa.
Na verdade, a razão material primeira da abolição foi a emergência da sociedade industrial, surgida pelos efeitos sócio-econômicos provocados pela introdução da máquina a vapor no processo produtivo. Essa sociedade, que se expanda a partir do século 18, produzia mercadorias em série para consumo em massa. Uma comunidade de escravos não consome, pois não ganha salários. Houve então um conflito estrutural e ideológico entre a crescente e poderosa sociedade industrial, que requeria mercados livres e trabalho assalariado, com a política mercantilista de mercados cativos e mão-de-obra escrava.
5.1.4. A partilha da África
A partir do momento que o continente africano não podia mais fornecer escravos, o interesse das potências colônias inclinou-se para a sua ocupação territorial. E isso se deu por dois motivos, O primeiro deles é que ambicionavam explorar as riquezas africanas, minerais e agrícolas, até então só parcialmente conhecidas. O segundo deveu-se à competição imperialista cada vez maior entre elas, especialmente após a celebração da unificação da Alemanha, ocorrida em 1871. Por vezes chegou-se a ocupar extensas regiões desérticas, como a França o fez no Saara (chamando-a de França equatorial), apenas para não deixá-las para o adversário.
5.1.5. A descolonização
A descolonização tornou-se possível no após 1945 devido à exaustão em que as antigas potências coloniais se encontraram ao terem-se dilacerado em seis anos de guerra mundial, de 1939 a 1945. Algumas delas, como a Holanda, a Bélgica e a França, foram ocupadas pelos nazistas, o que acelerou ainda mais a decomposição dos seus impérios no Terceiro Mundo.
A Segunda Guerra Mundial excitou o nacionalismo dos nativos do Terceiro Mundo. Os povos asiáticos e africanos foram assaltados pela impaciência com sua situação jurídica de inferioridade, considerando cada vez mais intolerável o domínio estrangeiro. Os europeus, por outro lado, foram tomados por sentimentos contraditórios de culpa por manterem-nos explorados e sob sua tutela, resultado da influencia das idéias filantrópicas, liberais e socialistas, que remontavam ao século 18.
O primeiro pais do Continente Negro a ser descolonizado foi Ghana, em 1957. Em geral podemos separar o processo de descolonização africano em dois tipos. Aquelas regiões que não tinham nenhum produto estratégico (cobre, ouro, diamantes ou petróleo) conseguiram facilmente sua autonomia, obtendo-a por meio da negociação pacífica. E, ao contrário, as que tinham um daqueles produtos, considerados estratégicos pela metrópole, explorados por grandes corporações, a situação foi diferente (caso do petróleo na Argélia e do cobre no Congo belga). Neles os colonialistas resistiram aos movimentos autonomistas, ocorrendo movimentos de guerrilhas para expulsá-los.
5.2. A influência dos africanos na nossa sociedade
Os africanos, depois da longa viagem até o Brasil, trazidos para trabalhar como escravos em várias comunidades econômicas no campo e na cidade, sofrendo violência e opressão tudo isso imposto pelo sistema escravista. Os africanos e seus descendentes, convivendo com brancos, indígenas, pardos, crioulos, e africanos de diferentes regiões, manifestando suas culturas e influenciando profundamente a sociedade brasileira. Podemos destacar a presença afro-brasileira na nossa língua, de proveniência africana temos as seguintes palavras: cachaça, moleque, quindim, jiló, macumba, marimbondo, cochilo, tanga, samba, maxixe, zabumba, acarajé, carimbó, canjica, etc. Também se destacam nomes: Jurema, Iuri, Joaquim, Josefa, etc. Não podemos nos esquecer da importância que trouxeram na alimentação: paçoca, feijoada, quindim, tapioca, bolo de fubá, acarajé, vatapá, bobó, feijão mulatinho, dendê, inhame e aipim. O Brasil teve uma forte influência da religião africana, tais como a Macumba, Iemanjá e o Candomblé. O candomblé, por exemplo, é uma religião fetichista (mas que sofreu influências do cristianismo), hoje comum no nosso país e que veio originalmente da África.
A capoeira, arte marcial criada pelos escravos negros na época da colonização no Brasil, foi criada para proteção e defesa própria. Marcada por seus golpes que enganam o adversário, que geralmente são feitos no solo ou completamente invertidos. Hoje vista mais como uma forma de expressão artística, devido ao movimento que os corpos fazem, durante a prática.
O racismo e o preconceito têm sua raiz no processo de escravização dos povos africanos pelos europeus. Os escravos eram empregados em praticamente todas as atividades nos três séculos e meio que durou a escravidão em nosso país. Esse povo sofreu, mas trouxe consigo características, que não se perderam com o tempo e permanecem até hoje acumuladas na diversidade brasileira.
A cultura brasileira e, logicamente, a rica música que se faz e consome no país estruturam-se a partir de duas básicas matrizes africanas, provenientes das civilizações conguesa e iorubana. A primeira sustenta a espinha dorsal dessa música, que tem no samba sua face mais exposta. A segunda molda, principalmente, a música religiosa afro-brasileira e os estilos dela decorrentes. Entretanto, embora de africanidade tão expressiva, a música popular brasileira, hoje, ao contrário da afro-cubana, por exemplo, distancia-se cada vez mais dessas matrizes. E caminha para uma globalização tristemente enfraquecedora.

6. Metodologia
- Reunião com diretores e professores para apresentar e viabilizar o projeto;
- Escolha dos coordenadores para cada oficina;
- Registro das atividades desenvolvidas;
Durante meados do mês de maio será feita teorização do conteúdo em sala de aula, com interpretação de textos, pesquisas, fazendo absorção do conteúdo do projeto para que durante uma semana (14/06/2010 a 18/06/2010) os alunos coloquem tudo o que eles aprenderam em prática, sendo apresentada assim a culminância do projeto em oficinas (salas temáticas) abordando temas específicos como:
1. Música e danças afro-brasileiras;
2. Culinária;
3. Usos e costumes;
4. História Afro-Brasileira;
5. Literatura;
6. Percussão, ritmos, religião;
7. Artesanato (vestuário e acessórios);
8. África está em nós (Preconceito racial, social e sexual);
9. Robótica – Miscigenação (Negro, índio, branco);
10. Esporte – Brasil x África, Copa 2010
11. Tele-Jornal “Informática”

6.1. Especificação das Oficinas

Professores
Nome (Disciplinas) Oficinas
Cleoneide Gomes da Silva (Matemática)
Adriano César Nunes (Matemática)
Wilson de Lima Domingos (Matemática)
José Carlos da Silva (Ciências) Robótica – Miscigenação, futebol - Copa 2010
Maria Iara Roque da Silva (Português)
Débora Fernandes Reis (Português)
Orquídea Valéria Vasconcelos (Português)
Josefa Helena Machado (Geografia) Literatura, Música e dança
Edmundo Cavalcante (Português)
Aldenir Teotônio Claúdio (Ensino Religioso)
Radamy Gomes dos Santos (Artes)
Josilene Araújo Assis dos Santos (Intérprete) Percussão, Ritmos e religião
Eliane Maria Silva (Fundamental I – apoio)
Ione de Lucena Moura (Ciências)
Elza Machado Silva (História)
José Góes Silva (História)
Cesarina Carneiro Silva (Ciências) História da Cultura Afro-brasileira (Quilombo Zumbi dos Palmares)
Judite Travassos Sarinho (Artes)
Ednaldo Paiva A. Filho (História)
Josinete Ventura Lima(Auxiliar de Administração)
Edleide Silva Nascimento (Intérprete)
Cleverson (Intérprete)
Luciana Tavares Brás (Intérprete)
Ezequiel Adney Lima da Paixão (Intérprete) África está em nós
Aldinês da Silva Lima (Fundamental I – 4º ano)
Iraci Albuquerque Ramos (Fundamental I- 5º ano)
Márcia Nascimento Guimarães (Ciências)
Elizabeth Ferreira da Silva (Português)
Carlos de Medeiros Monteiro (Português) Culinária
Flávia Cristina A. Ribeiro (Geografia)
José Cláudio Ferreira da Silva (Inglês)
Francisca Ivanlucia Clarindo (Fundamental I – 3º ano)
Soraya de Oliveira Souza (Intérprete)
Anacelis Leão Fonseca (Português) Artesanato (vestuário e acessórios)
Maria Rita de Cássia (Fundamental I – 2º ano)
Cristiane Serrano (Fundamental I – 1º ano)
Rosanalia Stefanie Norberto dos Santos (Intérprete)
Nazareno Nunes dos Santos (Intérprete) Usos e Costumes
Saulo Leão Simões (Educação Física)
Eurimá Dias Araújo (Educação Física)
Antônio Pedro de Oliveira (Educação Física) Esporte – Brasil x África copa 2010
Ednaldo Paiva de A. Filho (História)
Wescley P. Victor da Silva (Monitor de Informática)
Ícaro Travassos de Oliveira (Estudante de Administração) Tele-Jornal “Informática”
Noite EJA
Zitila Brandão de Assis (Ciclo I e II)
Severina Gomes da Silva (Ciclo I e II) Usos e Costumes
Cesarina Carneiro Silva (Ciências, Ciclo III)
José Góes Silva (História, Ciclo III) África está em nós
Rubeny Ramalho Santos (Português, Ciclo IV)
Débora Fernandes Reis (Português, Ciclo IV) Literatura, Música e Dança

6.2. Pessoal de Apoio
Maria de Fátima Oliveira da Silva (Inspetora)
José Walter Ferreira Pereira (Vigilante)
Maria José Dutra Silva (Serviços Gerais)
Maria da Penha do Nascimento (Serviços Gerais)
Terezinha Monteiro da Silva (Serviços Gerais)
Pedro Félix da Silva (Serviços Gerais)
Elizabeth F. Leite (Inspetora)
Fábio de Jesus (Inspetor)
Fernanda Caroline Reis (Inspetor)
Jardiene da Silva Costa (Serviços Gerais)
Maria Célia Simões (Serviços Gerais)
Willamy Belmiro (Vigilante)
Moisés Ferreira de Araújo (Serviços Gerais)

6.2.1 Secretária
Jurandyr Pereira de Lima Jr.
Francisco Marques de Macedo Neto
Walquíria da Silva Paiva
Isabely Louise Quirino Soares
Maria Edileuza F. de Souza

7. Cronograma
7.1 Primeira Culminância (Maio de 2010 à 18/06/2010)
Atividades / Datas Maio 2010 14/06/2010 15/06/2010 16/06/2010 17/06/2010 18/06/2010
Teorização do tema: projeto cultura Afro – Brasileira X
Inscrição das oficinas X
Entrega do Material X
Leitura do Material pesquisado X
Entrega das pastar e crachás X
Início dos trabalhos práticos X
Confecção de material para exposição X X
Organização e tematização das salas X
Amostra do material pesquisado e confeccionado pelos alunos nas oficinas para a comunidade escolar e local X

7.1.1. Explicação do cronograma
7.1.1.1 Teorização do tema: Projeto cultura Afro-Brasileira
Nas salas de aula os professores irão falar sobre a cultura afro-brasileira, fazendo interpretações de texto, pesquisas, para que os alunos tenham uma noção básica do tema.
7.1.1.2. Inscrição das oficinas
Os alunos irão preencher uma lista cadastral selecionando também a oficina que mais os interessarem.
7.1.1.3. Entrega do Material
Os professores, antecipadamente, entregarão uma lista com os itens necessários para a criação de material para o projeto, neste dia será entregue esses itens para confeccção do material de exposição.
7.1.1.14. Leitura do Material pesquisado
Os alunos irão interpretar os textos das pesquisas para que eles transformem o que eles aprenderam em material expositivo.
7.1.1.5. Entrega das pastas e crachás
Serão entregue pastas para uma melhor organização dos textos pesquisados, e os crachás para identificação de cada aluno.
7.1.1.6. Início dos trabalhos práticos
O alunado colocará todas as pesquisas feitas em prática, começando assim a idealizar o projeto e confecção de material expositivo.
7.1.1.7. Confecção de material para exposição
Os estudantes transformarão o conhecimento adquirido em material para a apresentação em suas salas temáticas, como cartazes, maquetes, vídeos, peças, slides.
7.1.1.8. Amostra do material pesquisado e confeccionado pelos alunos nas oficinas para a comunidade escolar e local
Por fim, o projeto será apresentado para a comunidade escolar e local, mostrando o resultado das pesquisas e todo o empenho dos alunos e professores, os visitantes irão apreciar cada sala temática e aprender um pouco sobre a cultura afro-brasileira com a orientação dos professores e alunos.
7.2. Segunda Culminância (Conclusão do Projeto)
Realizar-se-á no dia 20 de novembro tendo como ponto de referência o dia Nacional da Consciência Negra, com atividades diversas: apresentação de grupos de: danças regionais e locais, teatro, palestras e debates, vídeos, exposição de trabalhos realizados pelos alunos.
7.3. HISTÓRIA DA CULTURA AFRICANA
7.3.1. Características da cultura africana
7.3.2. A contribuição da cultura africana na sociedade brasileira
7.4. MÚSICA E DANÇAS
7.4.1. Música africana e seus pressupostos
7.4.2. A dança africana
7.4.2. Capoeira
7.5. USOS E COSTUMES
7.5.2. Artesanato
7.6. RELIGIÃO
7.6.1. Percussão e ritmos
7.6.2. A fé do povo africano
7.6.3. Candomblé
7.7. ÁFRICA ESTÁ EM NÓS
7.7.1. Preconceitos: social, racial e sexual
7.8. CULINÁRIA
7.8.1. O sabor da culinária afro – brasileira
7.9. LITERATURA
7.9.1. Abordar livros que influenciaram a cultura afro-brasileira
7.10. ROBÓTICA - MISCIGENAÇÃO (ÍNDIO, NEGRO, BRANCO)
7.11. TELE-JORNAL “INFORMÁTICA”

8. Dados de identificação do Projeto Cultura Afro-brasileira
 Município: João Pessoa
 Bairro: Bairro dos Novais
 Período de realização: 14/06/2010 à 20/11/2010
 Duração: Sete meses
 Espaço Físico: Dependências da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. João Santa Cruz de Oliveira: salas de aula, sala de vídeo, sala de informática, biblioteca, pátio, quadra poliesportiva.
 Faixa Etária: Ensino fundamental I, Ensino fundamental II, EJA.
 População atingida: 650 alunos
 Recursos humanos envolvidos: Direção, professores, porteiro, auxiliar de administração e pessoal de apoio.

9. Recursos Materiais necessário para a viabilização do projeto
 Camisas: 650 alunos, 60 funcionários.
 TNT: 30 metros de cada cor (verde, amarelo, preto, vermelho, azul e branco).
 Pistola de Cola quente: 2 pistolas.
 Bastões para pistolas de cola quente: 100 bastões.
 Tesouras: 50 tesouras.
 Isopor: 50 folhas de isopor (diversas espessuras).
 Cartolinas comuns: 100 cartolinas (verde, amarelo, preto, vermelho, azul e branco).
 Cartolina Guache: 100 cartolinas (verde, amarelo, preto, vermelho, azul e branco).
 Pastas: 600 pastas (com bloco e caneta)
 Emborrachado: 100 folhas (laranja, verde, amarelo, preto, vermelho, azul e branco).
 25 Tubos de tinta verde e 2o tubos de tinta branca
 10 folhas selafone nas cores: (10 verde, 10 amarelo, 10 preto, 10 vermelho, 10 azul e10 branco).
 10 folhas de papel crepom nas cores (10 verde, 10 amarelo, 10 preto, 10 vermelho, 10 azul e10 branco).
10. Parcerias e Apoios
Secretária Municipal de Educação e Cultura
Associação Comunitária Bairro dos Novais
Associação Comunitária de Marés
Ícaro Travassos de Oliveira (Estudante de Administração, Faculdade Maurício de Nassau)
Amanda Zayalle Ferreira Costa (Estudante de Ciências da Computação, UNIPÊ)
Mestre Inácio (Cirandeiro, Coco de roda)
Mestre Inaldo (Capoeira, Maculelê)
Editora Grafset
Marcone Santiago de Souza (Instrutor de dança estilo afro-brasileira e hip-hop)
José Emilson Ribeiro da Silva (Presidente da Associação Comunitária do Bairro dos Novais)

11. Referências
BENJAMIN, Roberto Emerson Câmara. A África está em nós. 1.2.3.4. ed. João Pessoa: Grafset, 2005.
CHAGAS, Waldeci Ferreira. Formação docente e cultura afro-brasileira. 2008. Disponível em: . Acesso em: mai. 2010.
GARRIDO, Hélcias Custódio. O negro na sociedade brasileira: entre conceitos e práticas, 2008. Disponível em: . Acesso em: mai. 2010.
LOPES, Nei. A presença africana na música popular brasileira, 2004. Disponível em: . Acesso em: mai. 2010.
MATTOS, Regiane Augusto. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2007. Cap. 1.
SCHILLING, Voltaire. África negra: colonização, escravidão e independência, 2009. Disponível em: . Acesso em: mai. 2010.

Projeto Cultura afro-brasileira e a copa 2010