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Momes de peso da cidade de João Pessoa

NOSSOS ILUSTRES 9° ano

Renata Arruda

Renata Arruda (João Pessoa, 23 de dezembro de 1967) é uma cantora e compositora brasileira. Aos 19 anos, com a experiência de ter passado pelo Coral Universitário da Paraíba, a cantora muda-se para Brasília, onde de fato dá início à carreira cantando nos bares da cidade.Recebe durante dois anos consecutivos, 1989 e 1990, o prêmio de "cantora revelação" nessa cidade.Numa apresentação de Altamiro Carrilho, foi elogiada publicamente pela cantora Elizete Cardoso:
Esta menina cantou como as cantoras deveriam cantar. Ela não somente cantou com a voz, ela cantou com a voz, com o corpo e com a alma.
[editar]Cronologia da carreira

1987 - chegada a Brasília e início oficial da carreira de cantora em bares e espetáculos da cidade.
1989-1990 - recebe, por dois anos consecutivos o prêmio de "cantora revelação".
1991 - a cantora se muda para o Rio de Janeiro e dois anos depois lança o primeiro CD, "Traficante de Ilusões", produzido por Marco Mazzola e com as participações especiais de Ney Matogrosso, Alceu Valença e Jorge Benjor.
1996 - lança o segundo CD, com o simples título de "Renata Arruda", no qual se revela como compositora, apresentando um trabalho mais autoral. Nesse CD, grava a canção "Caçadora de Peles", composta por Bráulio Tavares e Lenine.
2001 - lança "Um do Outro", terceiro CD, produzido por Guto Graça Mello, no qual apresentava um lado mais pop.
2003 - é a vez de prestar uma homenagem às cantoras que lhe foram fontes inspiradoras, lançando "Por elas e Outras", o qual canta com a produção de Robertinho do Recife, dando ênfase a belas interpretações de clássicos da MPB e mostrando ainda seu lado instrumentista ao tocar violão.
2005 - entra em estúdio para realizar um projeto acústico intitulado "Pegada", em que reúne alguns de seus maiores sucessos, apresentando-os com uma nova roupagem, apenas voz e violões. Ao lado de Walter Vilaça e Zé Filho, mais uma vez mostra um lado instrumentista e realiza um trabalho que ressalta a força de sua interpretação do começo ao fim. Esse projeto, que conta mais uma vez com a produção de Robertinho do Recife e dela própria, foi filmado e lançado en DVD também intitulado "Pegada", no qual se pode observar todo o processo de gravação do CD, a descontração dos músicos e o trabalho final, com destaque também para os efeitos visuais.
2007 em diante - Renata tem se destacado por participações em trabalhos de grande relevância para a música brasileira. No songbook de Vinícius de Moraes foi convidada para interpretar "O que tinha de ser" e "Modinha para Gabriela" no de Dorival Caymmi. Em tributo a Jackson do Pandeiro gravou "Coco do Norte". Já no CD em comemoração aos 20 anos de carreira de Elba Ramalho, foi convidada a dividir o microfone com esta, interpretando "Sete Cantigas para voar" de Vital Farias. Em uma homenagem a Herivelton Martins, "Sinfonia de pardais", Renata canta "Culpe-me" de maneira ímpar. A cantora também teve vários trabalhos vinculados a trilha sonoras de diversas novelas: "Ouro pra mim" em Andando nas nuvens, "Sangue latino" em Fera Ferida, "Templo" em Vira-lata e "Doublé de Corpo" em Metamorphoses.
Um momento emblemático e de muita emoção foi a participação, em 1997, no Som Brasil Especial Elis Regina, quando cantou "Como os Nossos Pais", de Belchior. Essa aparição lhe trouxe bastante destaque na mídia nacional. Em 2008, junto com a atriz e produtora Lúcia Veríssimo lança pela gravadora Canela o CD "Deixa", cuja música de trabalho principal é "Deixa eu voltar".[6][7][8]
Sou dramática, venho de uma época em que a unidade não está no repertório e sim na intérprete. Sou do tempo da Cássia Eller. Viemos na mesma época para o Rio [de Janeiro], e eu acompanhei o seu sucesso. Ela faz uma falta absurda.

Políbio Alves

Ele insiste em dizer que é um profissional da palavra. Não duvidem. A palavra é a "massa" com a qual trabalha. Tão essencial quanto o seu respirar, lá do alto do edifício onde mora, pescando com o anzol dos olhos, todos os dias, o azul da praia de Intermares, bairro onde mora. Por estas plagas e plagas outras, todos sabem também que Varadouro (Poemas - 1989), o segundo livro, esse que diz não agüentar mais olhar porque, todas às vezes que olha, tem vontade de reescrevê-lo, é Políbio Alves, e Políbio Alves é o Varadouro.
Depois de morar por 20 anos no Rio de Janeiro, onde conquistou inúmeros prêmios nacionais – entre eles, o de Poesia Augusto Motta/1977, com Passagem Branca (Poemas), aparecendo em forma de livro somente no ano passado -, voltou a sua cidade, talvez, para poder ir à Cuba, apaixonar-se por Havana Velha, descobrir ali o seu eterno Varadouro e escrever um longo poema sobre a sua descoberta. Isso mesmo que vocês acabaram de ler: "É como se ter ido fosse necessário para voltar"
Quanto a ilha cubana, se pudesse, transformaria-a naquele rio que passa pela sua aldeia, fazendo a curva bem pertinho do apartamento onde mora, e o cantaria mais que aquele outro famoso do Fernando Pessoa. Na terra do Fidel – do Partido, costuma corrigir -, como cidadão e poeta, recebeu o respeito que sabe merecer, mas, por motivos alheios a sua poesia, nunca teve na Província das Acácias, como, carinhosamente, costumo chamar a capital da Parayba.
Não passou por Cuba em brancas nuvens. Ali, ainda, três esperados livros, todos prontinho da silva, sob a responsabilidade do editor e amigo Enrique Cirules, estão se vestindo, para, como aconteceu com o seu Varadouro, hoje, parte do acervo da Casa das Américas, ganhar o mundo. A Leste dos Homens, A Traição de Hemingway (ficção) e Havana Velha, essa, o poemão do qual falei no parágrafo primeiro, logo, logo, em sua forma final, estarão chegando por aqui e alhures.
Ele lembra que a infância foi toda na Ilha do Bispo, inspiração do seu Varadouro, um dos mais pobres da capital, linha divisória entre a cidade de Bayeux e a capital da Parayba. Conta com um certo orgulho poético (sic) que de tudo fez na vida, mas, como a ternura, jamais perdeu a dignidade. Morou até em cabaré. Diz que lá encontrou pessoas mais dignas do que muitos, aqui fora, que se não bastasse a pose de "pessoas", dignidade nunca tiveram. Repete, sempre que perguntado, a mesma resposta: na cidade do Varadouro e de seus Exercícios Lúdicos, Invenções e Armadilhas (poemas- 1991), o Que Resta dos (seus) Mortos (Contos – 1983) estão com os seus demônios e os seus anjos.
A entrevistinha foi mais um papo enfocando o lado do poeta-menino e do filho que somente deixou o colo da mãe, quando ela resolveu trocar de roupa e morar n'outra cidade. Poeta que sabe como poucos tecer a palavra e costurar as manhãs. Um papo meu e da Fátima Morena com um exemplar cidadão e amigo que preza os amigos como se fossem os seus poemas preferidos. E, se não bastasse, assim como vive exercitando essa amizade, declama-os todos os dias.

A entrevista:
Humberto de Almeida – Como nasceu o poeta? Houve muito esforço? Foi um parto à fórceps ou natural?
Políbio Alves - Agora, na distância de tantos anos, penso que, a solidão de uma criança se deve entender, por exemplo, que essa criança sou eu - mobilizada entre os adultos, favoreceu a minha identidade com a palavra. Tinha 10 anos. Lembro de me ver escrevendo frases com as unhas contras as paredes do meu quarto. Muitas vezes, mensagens anônimas, havia nomes de lugares, pessoas, palavras que eu não conhecia. Isso - não sei lá por quê - continua a me perseguir até hoje, que depois aparece sempre na minha escrita.

H.A. - Uma curiosidade: como foi a "vida festiva do poeta", em cruz das armas, quando a casa em que morava era um "centro cultura de poetas, seresteiros e namorados”?

P.A. - Pois é. No início dos anos 60, éramos todos adolescentes, companheiros de colégio - Liceu Paraibano - e de sonhos. Quanto aos freqüentadores assíduos dos fins de semana da casa de minha mãe, em Cruz das Armas, onde nasci, convém enumerá-los: Gemy Cândido, Carlos Alberto Azevedo, Maria José Limeira, Pedro Santos, Raul Córdula, Unhandeijara Lisboa, Ademar Ribeiro, Jurandy Moura, Carlos Aranha, Anco Márcio, Nautília Mendonça, Walderedo Paiva, Lucy Camelo, Célia Torres, Breno Mattos, Margarida Cardoso, Franklin Ribeiro, Natanael Alves, Marcos dos Anjos, Marisa Barros, Marcus Vinicius. Esses acontecimentos de cultura e amizade e uma geração, registrou-os Carlos Aranha em seus inúmeros textos jornalísticos. Portanto, alguns amigos, os quais eu admirava, liam os meus textos, Carlos Alberto Azevedo, Célia Torres, Gemy Cândido, Jurandy Moura, Ademar Ribeiro, Marcos dos Anjos e Maria José Limeira.

H.A. - E as mais fortes lembranças de tua vida no varadouro, que descobriste e transformaste em poesia?

P.A. - Na verdade, a lembrança dos maruins, a beleza plácida da maré vazante, a lama, o azedume da fábrica de cimento, os caranguejos-de-andada invadindo o quintal, subindo o batente da cozinha de nossa casa. Ali, através deles, surpreendi o rio Sanhauá, as fronteiras do pavor, o medo de morrer afogado nas tardes de pescarias. E nesse reduto colhi os primeiros frutos que iriam fertilizar a minha escritura, quer poética ou ficcional. Exatamente, pela vivência, injustiça, alegria, as dores do dia-a-dia, convivida, repartida, com outros homens.

H. A - A busca da poesia foi uma coisa dolorosa, perturbadora, ou veio com aquela mansidão natural que embala os poetas e os coloca para dormir nos braços da poesia?

P.A. - Escrever é um ato de transpiração. Por favor não confundir jamais com inspiração. Também um ato de muito prazer num tempo de transformações. A diversidade das alegorias humanas, é, por um lado, estimulante, e, por outro reflete, de fato, a coexistência do disfarce de acontecimentos na ante visão dos homens e da arte. Há, todavia, a busca da inteireza crítica, eis o porquê de escrever. O que importa, a mim, é ler. Trabalhar a textura dos meus livros, incitando-os a desafogar liberdades no ato de criação, sempre. Um trabalho solitário, mas contínuo. Desafiador, eu acho. A meu ver, a literatura, a poesia, tem que abordar a incomodidade, a problematização dos sonhos pessoais ou os anseios de uma coletividade. Não acredito em escritor ou poeta que não seja um confessor social.

H. A. - (ufa!) Ser ou não ser poeta é uma solução ou um problema?

P.A. - Confesso: não sei.

H. A. - Como era vida do poeta na casa da mãe do poeta-menino?

P.A. - Em companhia das minhas tias, pois minha mãe trabalhava das 6h às 20h no Instituto Padre Zé Coutinho. Era enfermeira. Foram tempos difíceis. De muita solidão e insensatez no seio da família.

H. A. - Um dia escrevi que quando crescesse gostaria de ser o Fausto Wolff, Shakespeare, ou um palhaço sorridente que morava perto da minha casa e sonhava comprar um circo só para ele. E o poeta sonhou alguma vez em ser algum poeta um dia? Ou outra pessoa?

P.A. - Jamais tive a mínima ambição de me assemelhar a qualquer escritor ou poeta. Isso sempre me pareceu totalmente inaceitável. E os anos foram se passando - agora estou na velhice - me alegro com essa postura em relação ao ofício de escrever.

H. A - A tua mãe, pelo que conheço, foi uma pessoa muito forte e presente em tua vida. Como ela via o poeta-menino e era visto por ele?

P.A. - Minha mãe, hoje no andar de cima, continua sendo o esteio, o postulado da ética, em minha formação humanista e cultural. Um exemplo de dignidade no pleno exercício de cidadania. Foi esse o legado que nos deixou como forma de conviver amorosamente com a vida.

H. A. - O que te fez – tão de repente! - deixar João Pessoa, mudar-se para o Rui de Janeiro, para voltar um dia como Cidadão Carioca?

P. A. - Quando saí de João Pessoa era muito imaturo. Na verdade, na cidade grande me arremessaram pelo avesso, me fizeram de mendigo, depois fui aclamado rei. Ainda bateram na minha cara dizendo que estavam cuidando de mim. Meu exílio no Rio e Janeiro me colocou com os pés no chão. Me fez caminhar sozinho, rosto lavado, para enfrentar o mundo. Fiz de tudo para sobreviver. Tive as mais variadas profissões. Sim, é bom lembrar que o meu título de Cidadão Carioca em outubro e 1974, foi pelos serviços voluntários de educação, realizados nos morros e favelas do Rio de Janeiro, sem nenhum contingente patronal ou de Governo. Aliás, essas experiências multiplicaram meus projetos pessoais. Cresci como ser humano. Hoje, minha vida tem outro significado como escritor, poeta e homem que sou.

H. A. - Como foram os teus anos vividos no Rio de Janeiro, a vivência do poeta, amigos e companheiros de da "arte de escrever e poetar”?

P.A. - Quando fui embora para o Rio de Janeiro em meados dos anos 60, rasguei quase todos os meus originais. E com algum dinheiro, escondido no cós da calça, desembarquei no terminal rodoviário Novo Rio. Comprei um exemplar do Jornal do Brasil e através dos classificados, aluguei uma "vaga" na Lapa. Bem próxima dos arcos, onde morava Aguinaldo Silva, meu amigo desde 1958. Inclusive, em 1961, ele esteve em João Pessoa na condição de escritor estreante com "Redenção para Job", romance, participando de uma semana cultural no Liceu Paraibano. Depois com o tempo fui me identificando com outras pessoas ligadas à literatura: João Antonio, Gasparino da Mata, Edilberto Coutinho, Manuel Bandeira, Lúcio Cardoso, Stella Leonardo, Walmir Ayala, Clarice Lispector, André de Figueiredo, Altimar Pimentel, Luiz Mendonça, Pascoal Carlos Magno, Heloísa Buarque de Holanda, Ana Cristina César e José Maria de Souza Dantas. Sim colaborei no Suplemento da Tribuna da Imprensa nos anos 60 e 70, período mais conturbado da história do Brasil, com João da Penha, Maria Amélia Mello, Wilson Bueno, Socorro Trindade e Leila Míccolis. O contato com esses autores tornou-se instrutivo, somente. Na realidade, não cabe, dentro dos rasgos desejantes dos meus objetivos pessoais. É que estava sozinho no Rio de Janeiro, desassossegado na convivência com a minha escrita. Fiz de tudo, numa pungente busca de sobreviver: lavador de pratos em bares e restaurante, empregado doméstico, garçom, garagista, professor, vendedor de livros e funcionário público.

H. A. - E o trabalho, como jornalista, no Rio de Janeiro, contribuiu em que para o poeta?

P.A. - Como fonte de informações valiosas do cotidiano.

H. A. - Escrever ensaios e resenhas, ganhar prêmios com os escritos, como ganhaste, não desestimulou o poeta, deixando-o em dúvidas entre o fazer poeta e o desejo de ser um ensaísta famoso, por onde caminhavas?

P.A. - Fui freelancer. Escrevi textos que nunca assinei e que foram em boa parte, pelas despesas com o aluguel e alimentação, apenas.

H. A. - E essa história de "poeta paraibano", "poeta carioca", "poeta gaúcho" e outros, não é uma forma um tanto ultrapassada de falar em poesia regional? O poeta paraibano é diferente do poeta carioca? Poeta não é poeta em qualquer lugar do mundo, não?

P. A. - Poeta é sempre poeta em qualquer continente, país. Independe, creio, de sua nacionalidade. Quanto ao conceito de poesia regional, sabe-se, é tarefa para os estudiosos de teoria literária. No meu caso, por exemplo, não assimilo essa coisa de poesia paraibana ou paulista e outras. Contudo, vejo-as como poesia brasileira, produzida, às vezes, na Paraíba, outras tantas, no Rio Grande do Sul ou em outros estados.

H. A. - São muitos os poetas "cabralinos" nesta terra descoberta por Cabral. Carlos Nejar, um dia, afirmou seres um dos poucos poetas a não sofrer essa influência. Como viste tal afirmação? E as tuas influências?

P.A. - O depoimento do poeta Carlos Nejar ao poeta Lúcio Lins (poeta paraibano, recém falecido), no Hotel Litoral, durante a realização do I Congresso Nacional de Cultura Nordestina na cidade de João Pessoa, no ano de 1993, não me surpreendeu. É o testemunho vivo de que ele conhece a minha poesia. Sempre tive muito cuidado para não ficar estigmatizado por nenhum escritor ou poeta.

H. A. - Quem são os poetas que o poeta Políbio Alves lê?

P.A. - Atualmente estou relendo Manuel Bandeira, Murilo Mendes e Hilda Hilst, além de Federico García Lorca e Derek Walcott.

H. A. - Varadouro, o teu mais famoso livro, é a tua fonte, o teu quintal, esse cantado e recantado em versos que o tornaram – se não, o tornará um dia - universal. Em quais outras fontes bebeste para escrever a tua obra?

P.A. - O Varadouro é e sempre será a minha raiz. Ali está a origem de tudo. Toda a minha obra está calcada em seus becos e ladeiras e no rio Sanhauá. Assim, através das palavras, me propus a desnudar para o mundo aquela região.

P.A. - Escrevo porque se não for assim, acabo morrendo engasgado pelas palavras presas na garganta. O silêncio das palavras me incomoda. E tu, por que poetizas?

P.A. - PARA NÃO MORRER DE SILÊNCIO!

H. A. - Todos sabem do teu perfeccionismo. Mas por que tanto tempo para publicar, por exemplo, Varadouro, O Que Resta dos Motos e Exercício Lúdico?

P.A. - Essa minha postura em relação ao tempo de publicar o meu texto, devo aos conselhos que ouvi de Berta, quando ainda adolescente: "não tenha pressa em publicar, você ainda é quase uma criança". Por isso, aproveito muito pouco do que escrevo. Por outro lado, ao longo da minha vida, preocupação maior tenho em ser respeitado como escritor, poeta e homem. Tudo isso resulta das minhas constantes visitas à casa de Berta, dona de um cabaré na rua Maciel Pinheiro, cujas dependências da casa eram divididas entre visitantes, músicos, artistas plásticos, escritores e poetas. Ali, eu permanecia por horas e horas, a recitar versos, escutar música clássica e MPB. Tempo de encantamento e descoberta que iriam fortalecer a minha escrita.

H. A. - O poeta Políbio Alves tem o reconhecimento que merece?

P.A. - Ser poeta ou escritor no meu país, é viver na clandestinidade. porque poeta é uma profissão marginalizada, não reconhecida por lei.

H. A. - Por fim, para não dizer que não falei em Cuba, o que encontraste em Cuba que nunca encontraste por aqui?

P.A. - Tive o prazer e privilégio de conhecer e conviver com o povo instruído que hoje não conhece a máfia, a fome e o analfabetismo. E ainda menos a miséria social institucionalizada. Um povo que tem uma experiência digna e plena onde a virtude e a dignidade se traduzem em garantir um futuro mais justo para todos. Conheci: um povo que recebe bem os seus visitantes e a fraterna hospitalidade de sua gente. Uma população de convicções políticas profundas e absoluta consciência a respeito do mundo. Um povo criativo em meio às diversidades do embargo norte-americano, há quase 50 anos. Apesar de tudo isso, o cidadão cubano permanece firme em seus propósitos de continuar a ter um país independente, administrando o seu próprio destino. Quem duvidar dessa realidade do que eu vi em Cuba, que se cuide. Vá à Cuba confirmar esse fato!

Cátia de França
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Cátia de França (João Pessoa, 13 de fevereiro de 1947) é uma cantora e compositora brasileira.
Nascida Catarina Maria de França Carneiro, desde menina aprendeu a dominar instrumentos como o piano, a sanfona e o violão. Mais tarde se interessou pelos acordes da flauta e pela percussão. Foi professora de música por algum tempo, até começar a compor em parceria com o poeta Diógenes Brayner. Participou de festivais de música popular na década de 60, época em que viajou à Europa com um grupo folclórico. De volta ao Brasil, foi para o Rio de Janeiro, onde contatou outros músicos nordestinos, como Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Sivuca. O primeiro LP solo, 20 Palavras ao Redor do Sol, foi lançado em 1979, com músicas compostas com base em poemas de João Cabral de Melo Neto. Uma música da cantora foi trilha sonora do filme Cristais de Sangue, de 1975.
Sua música tem como fonte a literatura, fazendo referências à obra de Guimarães Rosa, José Lins do Rego, Manoel de Barros, além do citado João Cabral de Melo Neto. Foi parceira de palco de Jackson do Pandeiro durante a primeira versão do Projeto Pixinguinha, em 1980. Em cerca de 40 anos de carreira, Cátia gravou três LPs: Vinte Palavras ao Redor do Sol, Estilhaços e Feliz Demais, e dois CDs: Avatar (com participações de Chico César e Xangai ) e Cátia de França canta Pedro Osmar, no qual ela demonstra a força criativa da música paraibana.
Cátia também adentrou pelo mundo da literatura e das artes plásticas, com destaque para os livros Zumbi em Cordel, Falando de Natureza Naturalmente (infantil) e Manual da Sobrevivência, um resgate de sua trajetória pessoal e profissional. A cantora, celebrada em todo o país, reside em João Pessoa desde meados dos anos 1990.

Herbet Vianna

Herbert Lemos de Sousa Vianna (João Pessoa, 4 de maio de 1961) é o vocalista, guitarrista e principal compositor do grupo Os Paralamas do Sucesso, um dos grupos-base do rock brasileiro.
Herbert nasceu em João Pessoa, mas devido à vida militar de seu pai, o brigadeiro Hermano Viana, mudou-se ainda criança para Brasília, onde conheceu Bi Ribeiro. Ao se mudarem para o Rio de Janeiro fundaram os Paralamas (mas alguns consideram os Paralamas parte da "turma de Brasília", como Capital Inicial e Legião Urbana) com o amigo Vital Dias na bateria.
Após substituírem Vital por João Barone, Herbert compôs a música "Vital e Sua Moto", em homenagem ao amigo, a qual se tornou o primeiro sucesso dos Paralamas e que renderia o contrato com a EMI.
Depois de 10 anos de sucesso da banda, Herbert gravou o disco-solo Ê Batumarê (1992). Mais dois seriam gravados, Santorini Blues (1997) e O Som do Sim (2000), cheio de participações como Cássia Eller, Fernanda Abreu, Nana Caymmi, Sandra de Sá e Marcos Valle.
Herbert namorou por anos Paula Toller, do Kid Abelha, e posteriormente casou com a inglesa Lucy Needham, com quem teve os filhos Luca, Hope e Phoebe.
Herbert desde cedo gostou de pilotar helicópteros e ultraleves. Em 2001, Herbert passou pelo momento mais crítico de sua vida. No dia 4 de fevereiro, sofreu um acidente aéreo em Mangaratiba, RJ, quando o ultraleve que pilotava caiu no mar, devido a um problema de fabricação [1] na baía de Angra dos Reis.[2] No acidente, Lucy morreu e Herbert ficou internado durante 44 dias, parte deles em estado de coma. O músico ficou paraplégico e perdeu parte da memória depois do acidente, porém, em um processo de recuperação gradual, retomou sua carreira, voltando aos palcos, e já tendo gravado quatro álbuns após o acidente: Longo Caminho (2002, preparado antes do acidente), Uns Dias ao Vivo (2004, ao vivo), Hoje (2005) e Brasil Afora (2009).
Kaio Márcio de Almeida

Natação

Nome completo Kaio Márcio Ferreira da Costa Almeida
Nascimento 19 de Outubro de 1984 (26 anos)
João Pessoa, Paraíba

Nacionalidade brasileira
Compleição Peso: 75 kg Altura: 1,74 m
Clube Fluminense

Medalhas
Campeonatos Mundiais – Piscina Curta

Ouro Xangai 2006
100 metros borboleta

Prata Dubai 2010
200 metros borboleta

Bronze Xangai 2006
50 metros borboleta

Bronze Dubai 2010
100 metros borboleta

Bronze Dubai 2010
4x100 metros medley

Jogos Pan-Americanos

Ouro Rio 2007
100 metros borboleta

Ouro Rio 2007
200 metros borboleta

Prata Rio 2007
4x100 metros medley

Prata Santo Domingo 2003
200 metros borboleta

Prata Santo Domingo 2003
4x100 metros medley

Bronze Santo Domingo 2003
100 metros borboleta

Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, 16 de junho de 1927) é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro.
Ariano Suassuna, um defensor da cultura do Nordeste, é um dramaturgo brasileiro, autor de Auto da Compadecida e A Pedra do Reino.

Ariano Vilar Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa (PB), em 16 de junho de 1927, filho de Cássia Villar e João Suassuna. No ano seguinte, seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar no sertão, na Fazenda Acauan.
Com a Revolução de 30, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
A partir de 1942 passou a viver no Recife, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano e no Colégio Osvaldo Cruz. No ano seguinte iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba Filho. E, junto com ele, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte.
Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça Torturas de um Coração em 1951. Em 1952, volta a residir em Recife. Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.
Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. No ano seguinte foi encenada a sua peça O Casamento Suspeitoso, em São Paulo, pela Cia. Sérgio Cardoso, e O Santo e a Porca; em 1958, foi encenada a sua peça O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna; em 1959, A Pena e a Lei, premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro.
Em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que montou em seguida a Farsa da Boa Preguiça (1960) e A Caseira e a Catarina (1962). No início dos anos 60, interrompeu sua bem-sucedida carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na UFPe. Ali, em 1976, defende a tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira. Aposenta-se como professor em 1994.
Membro fundador do Conselho Federal de Cultura (1967); nomeado, pelo Reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPe (1969). Ligado diretamente à cultura, iniciou em 1970, em Recife, o “Movimento Armorial”, interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado em Recife, em 18 de outubro de 1970, com o concerto “Três Séculos de Música Nordestina – do Barroco ao Armorial” e com uma exposição de gravura, pintura e escultura. Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, no Governo Miguel Arraes (1994-1998).
Entre 1958-79, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele de “romance armorial-popular brasileiro”.
Ariano Suassuna construiu em São José do Belmonte (PE), onde ocorre a cavalgada inspirada no Romance d’A Pedra do Reino, um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.
Membro da Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris Causa da Faculdade Federal do Rio Grande do Norte (2000).
Em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.

Ariano Suassuna, durante evento pró-equidade de gênero e diversidade, em Brasília, 2007.
Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo no carnaval carioca; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista.
Em 2006, foi concedido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará, mas que veio a ser entregue apenas em 10 de junho de 2010, às vésperas de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título.[1]
Em 1942, ainda adolescente, Ariano Suassuna muda-se para cidade do Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colegial (ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano Suassuna concluiu seu estudo superior em Direito (1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964.)
De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra.[2]
Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Comercio do Recife.

Na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermílo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as harpas de Sião (ou O desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca – O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da Boa Preguiça, de 1960, e A Caseira e a Catarina, de 1961.
Entre 1951 e 1952, volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou Torturas de um coração. Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro.
Em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema.
Em 1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1976, defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".
Ariano acredita que: "Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial."

Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.
Desde 1990, ocupa a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o barão de Santo Ângelo.
Assumiu a cadeira 35 na Academia Paraibana de Letras em 9 de outubro de 2000, cujo patrono é Raul Campelo Machado, sendo recepcionado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira.

O suíngue de Regina Brown em palcos sertanejos

O suíngue da cantora Regina Brown pode ser apreciado pelos sertenejos, a partir desta quarta-feira (18), no teatro Ica, de Cajazeiras, onde a artista inicia uma série de três shows pelo interior do Estado, no contexto do projeto Sindicultura Sertão, do Sindifisco-PB. A concepção do projeto é a formação de platéias para a produção cultural dos artistas paraibanos.
Na quinta-feira, Regina Brown (e banda) prossegue com a mini turnê e se apresenta para o público sousense, no CCBN. Na sexta-feira (20), a cantora mostra o seu talento na cidade de Patos. Na morada do sol, o show vai acontecer no auditório do Fórum. Todas as apresentações têm inicio às 20h, com entradas aberta ao público, que deve adquirir as senhas, gratuitamente, uma hora antes de cada show.
Regina Brown é uma velha conhecida das platéias de João Pessoa, que acompanham a artista desde os tempos da banda "Absurdus", que, por sete anos, destacou-se na cena musical pessoense. O sucesso das meninas rendeu convites para apresentações em cidade do Norte, Nordeste e Sul do país.
Ainda no cenário nacional, a cantora teve o privilégio de abrir shows de renomados astros da mủsica brasileira como Rita Lee, Marisa Gata Mansa, Elba Ramalho, Flavio Venturini, Skank, Grupo 100%, Soweto, entre outros.
No Rio de Janeiro, cidade que adotou por 5 anos, Integrou a banda "Batuk d´Saya", onde cantou ao lado de Elba Ramalho, Joana e Elymar Santos. No ano de 2001 iniciou carreira na Europa, tendo a Alemanha como porta de entrada. Seu canto, seu rítmo, sua musicalidade e simpatia, conquistou a todos.
Atualmente, Regina Brown desenvolve uma proposta de um repertớrio eclético, com arranjos e músicas, que incluem desde Jackson do Pandeiro, Chico Cesar até o soul de Ed Mota e o jazz de Billy Hollyday, além de músicas de sua própria autoria.

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